Tuesday, February 24, 2009

On TV

Os reality shows são o lance da vez. Se você acha que BBB é um insulto à privacidade, imagine programas de TV que se aproveitam da gordura alheia. Pode parecer estranho, mas a verdade é que esses programas têm muito a ensinar. O dos gordinhos ainda não assisti, mas outro dia assisti a um chamado Wife Swap. Fantástico! Melodramático, claro, mas excelente. O termo significa troca de esposas. Duas famílias são filmadas por duas semanas com as esposas invertidas. Na primeira semana, a nova esposa se adapta às regras da família; na segunda, é hora da família seguir as regras da nova dona-de-casa. A produção, esperta, escolhe famílias absolutamente opostas, o que causa um choque que você até pode imaginar. Nesse caso era uma família de New Jersey e outra da Califórnia. Numa, a mãe era praticamente uma doméstica fanática, frenética por limpeza; o marido era workoholic, o filho dependente até para passar gel no cabelo e a filha insípida. Em casa, o programa era assistir TV, comida italiana, nuggets e por aí vai a lista de produtos industrializados. A outra família era.. digamos diferente até para os padrões brasileiros. Antes do trabalho: meditação. Pouca ou nenhuma limpeza, afinal, o tempo deve ser gasto com milhões de outras atividades: leitura, caminhadas, animais. Alimentação vegetariana. Imagine agora essas duas famílias convivendo! A mãe 1, ansiosa para provar ao marido sua importância, voltou para casa chorando. A mãe 2, inicialmente em busca de evolução humana/espiritual, desisitiu de conviver com os seres comuns: pouco flexíveis. Eu? Fui correndo limpar o banheiro!

Intimate Diary

Olá, meu povo! Hoje me sinto cheia de entusiasmo. Talvez porque esteja num café delicioso com meu laptop, ao lado de casa. O dia está lindo, ao meu redor várias crianças, na internet vários achados. Dentro de um mim um turbilhão de sensações, emoções que se renovam a cada estímulo externo. Numa navegada na web não poderia encontrar maior arquipélago. Pena me sentir fisicamente enjoada ao navegar. Problemas já conhecidos na água... O tal do roll on me enlouquece, aquelas letrinhas embaralhando, tantas cores e uma luz vinda dessa máquina que às vezes cega. Como começar uma carreira jornalística assim? Manifestem comentários caso identifiquem reação. Help! A questão da claustrofobia doméstica já resolvi com a descoberta de uma biblioteca também vizinha. Que presente! Biblioteca pública com direito à aluguel de filmes à U$1,50! Livros, revistas, computador, crianças! Elas mais uma vez... Um gurizinho aqui acabou de bater a cabeça na porta.. ele estava jogando um jogo com a mãe called "Guess How Much I Love You". Agora ele está chorando e disse: "it hurt really, really, really, really, really, really (chorando), really, really, really bad". Acho que foi a coisa mais super muito, super muito, super muito, super muito gostosa que ouvi nos útlimos tempos! Reflexo da onda de amigas grávidas. Enfim, resolvi escrever só pra comemorar esse dia radiante! Tenham uma ótima semana.

Monday, February 9, 2009

Learning Through Values

Fui conhecer um pouco o mundo ao meu redor. Ainda sou novata na web. Então comecei a entrar de blog em blog para ver como eles são feitos. Muita fotografia. Diante de tantas paisagens, assuntos, pessoas, insights... me perdi. De repente estava num blog sobre o futuro do jornal impresso. Depois de entediada, achei um banco de imagens gratuito, um blog sobre culinária, outro com dicas sobre imigração, e assim foi até resolver voltar ao meu espaço. Nele, inventei uma moda, como vocês podem ver à direita mais abaixo.
Fora isso, a experiência americana tem mostrado progressivamente a importância de se conhecer os valores da nação. Alguns chegam a ser tão enraizados que qualquer um que nunca tenha visitado o país sabe quais são. Ex: liberdade, independência, consumismo, diversidade, eficiência. Porém, se chamar um americano de materialista, ele invariavelmente se sentirá ofendido. E nem sempre os call free são assim, tão eficientes. É pepino do mesmo naipe do atendimento ao cliente de empresas de telefonia e de tv por assinatura no Brasil. No entanto, o americano é um povo justo. Até porque não é difícil tomar um processo. Aqui você pode fazer o que imaginar, contanto que siga todos os procedimentos de forma correta. É a land of opportunity, conhecida desde o século XVIII pelos europeus. Por outro lado, "you snooze, you lose". Se a liberdade é a coisa mais importante, a perda é a inimiga número um. Perder numa sociedade competitiva é assinar atestado de LOSER. O americano, no entanto, é esperançoso. É por isso que eles rezam para economia melhorar, a maior preocupação atual. A economia... essa não vai nada bem. Depois de alguns deslizes do presidente, que andou pedindo desculpas públicas nos termos "I screwed up", muitos continuam perdendo emprego. A imigrante aqui já sentiu na pele. Num dos restaurantes que trabalho, cortaram metade da equipe. Em NY a opção é virar bartender, motivo pelo qual os cursos de bartending estão lotados. Sou mais uma no barco. Por falar nisso, semana que vem começo a ser treinada para trabalhar no bar da melhor hamburgueria de Baltimore!
De volta ao assunto, estudar os valores americanos me levou à reflexão dos conceitos brasileiros. Até que ponto temos consciência de nós mesmos? Claro, o brasileiro é um povo alegre, tem gosto pelo futebol, gosta de se divertir e valoriza a própria cultura. Minha surpresa no exterior foi descobrir um outro ponto de vista em relação ao meu próprio país - imagino que fichas devam começar a cair com frequência. Aqui o brasileiro é visto como um povo extrememente trabalhador e esforçado. Não que o brasileiro não seja, mas esse definitivamente não é um dos nossos valores mais comentados e reforçados no Brasil.
Enfim, talvez seja a onda de globalização que passou e transformou as sociedades. Os EUA, supostamente super honestos, têm tido problemas para arrumar candidatos a cargos de chefia sem infrações aos cofres públicos. Outro dia a crítica ao Obama era o excesso de transparência que o presidente havia imposto como padrão em sua liderança. Seria um patamar de honestidade complicado para Washington. Enquanto isso, nosso presidente Lula falava da importância de se resolver a crise não só para ajudar o Brasil, mas ajudar as nações mais pobres, estas sim sujeitas a graves consequências.
Na dúvida, melhor aprimorar o inglês para assistir ao espetáculo sem perder o emprego. Comecei até a ler o dicionário!