Wednesday, June 24, 2009

A post for three months ago

Não imaginei que o post abaixo trouxesse consequências tão graves! Depois de um longo recesso, retorno ao caminho. Sobrevoei oceano, tomei vinho nos cliffs, pedalei os contornos do muro derrubado, banhei em águas termais, presenciei dias da vida de dois atores em um set de filmagem dentro de um quartinho escuro cheio de gente, entrei de penetra em festa de político de ilha, me desprendi do pano, revi amigos queridos, quase não consegui voltar, chorei, olhei pra trás, voltei. O novo semestre promete!

A cidade que encontrei não parece aquela que deixei. O calor trouxe o canto dos pássaros, os insetos, shorts, sandálias e bronzeado! Nos bares, as portas que viviam fechadas agora permanecem abertas, e a rua abre espaço para as mesinhas do lado de fora dos estabelecimentos. Tudo parece mais leve. Logo começarão os "barbecues", regados a hamburguer e salsichão. É o verão nos EUA, promessa de muito calor.

Tuesday, March 24, 2009

Liberty of the Press

Caríssimos Leitores,

À pedidos, comentários liberados! Um dos meus settings dificultava o post... Estou ainda aprendendo a "blogar". Afinal, de que serve um blog sem interação? Porém, não me rendo ao imediatismo das mídias online. Já é senso comum a ausência de qualidade do diário - infelizmente grande tendência do jornalismo. E cá entre nós, dedicar horas, dias, meses e anos ao computador não é lá ideal de sucesso. Um livrinho faz um bem....
Portanto, viva o pensar e ruminar de idéias!

Até breve.

Tuesday, March 17, 2009

Wonderland Life

Onde estão as abelhas, formigas e moscas? Depois de três meses ainda não visualizei nenhum inseto por aqui. Será o frio? Enfim, na falta dos bichinhos me contento com os choques diários causados pela eletricidade do ar. Seco. É chegar em casa e pular ao ligar o aquecedor. Mais um choque na TV, outro ao encostar no Rafa, e o último e mais perigoso: o choque do cobertor! Daria um bom título de filme. São tantos, que no escuro é possível ver as faíscas. Um show de fogos pra lá e pra cá!

Pois bem, voltando à questão da crise, a opção de lazer nacional número 1 virou o tal do cineminha. Coincidência ou não, o pós-Oscar deixou um punhado de bons filmes para apreciação. Pena que a pipoca, assim como no Cinemark, é quase o preço do ingresso! Vamos aos vencedores: "Milk" (de Gus Van Sant), com Sean Penn, é imperdível. Lindo ele, lindo aquele, todos numa luta universal pelos direitos homossexuais. Atuações brilhantes e um tema de extrema importância e urgência. Já "Slumdog Millionaire" (de Danny Boyle), vencedor de 8 estatuetas e mais prêmios espalhados por aí, arrecada palmas ao final da exibição. O filme, que parece um "Cidade de Deus" bollywoodiano, é realmente um sucesso de roteiro, fotografia, edição, direção e trilha sonora. A música "pegou" tanto, que hoje fiz aula de yoga ouvindo o disco do filme - nada zen... Um roteiro como esse daria pano-pra-manga no Brasil. Imagine as referências de um menino de rua... Fato é que esses jogos de conhecimento trazem à tona revelações da nossa história e experiência de vida. Denotam ainda a nossa criatividade. Quem já brincou de Master, sabe que respostas certas vêm às vezes de pensamentos absurdos e lembranças do arco da velha.

ADENDO: Aqui nos Estados Unidos, atualmente, existe um programa de televisão chamado Cash Cab. O programa se passa dentro de um táxi em Nova York, onde o motorista é o apresentador. Ao entrar no carro, o passageiro diz para onde vai. O motorista digita o endereço e avisa que aquele é o Cash Cab! O passageiro pode permanecer e participar do programa ou descer do carro. Ou seja, durante o percurso, o passageiro responderá perguntas diversas. Cada pergunta vale uma quantia em dinheiro. Quanto maior o percurso, melhor pro jogador. Em pouco tempo o passageiro está gritando, excitado, dentro do táxi. Do lado de cá da TV, o telespectador está enlouquecido tentando acertar as respostas também. Não tem idade, todo mundo quer ser o milionário. Vai o link do programa: http://dsc.discovery.com/fansites/cashcab/cashcab.html

Agora bom mesmo é o indie "In Search of a Midnight Kiss", de Alex Holdridge. Esse sim não pode passar desapercebido. Um tributo à Los Angeles à la Wood Allen. Uma homenagem à Nouvelle Vague de Truffaut e Godard. Uma referência à sequência "Antes do Amanhecer" e "Antes do pôr-do-sol", de Richard Linklater. Um rapaz em LA, depois de um ano esquecível, procura companhia no Craigslist, um classificado online muito conhecido nos EUA. Incentivado pelo roomate, que tem uma relação de dois anos com a namorada, o rapaz marca encontro com uma garota ESTRANHA e ESQUISITA. Daí... uma jornada pela frente. Um filme feito em movimento, com diálogos excepcionais, e com um coração extremamente afetivo. A história toda se passa em provavelmente 24 horas. É um show de realismo, humor, amor, surpresa e verdadeira emoção. E é noite de Ano Novo.

Como meu intuito não é criticar filmes, apenas indico o que me fez acordar cedo no domingo. Aqui em Baltimore tem um cinema alternativo que oferece o "Cinema Sundays". Depois de um café da manhã, os cinéfilos assitem à premiere de algum filme normalmente indie e logo após segue a discussão com convidado. Para minha surpresa, nada de intelectuais. Encontrei ali muitos senhores e senhoras, pessoas que gostam de cinema e que escolhem começar o dia com uma boa história. Eu sei que deu meio-dia e eu já havia vivido um dia inteiro. Em Los Angeles.

Thursday, March 5, 2009

Mixed Salad

Com a recessão, o americano não só deixou de consumir como gostou da idéia. O NY Times não pára de publicar matérias referentes à contenção de gastos. No início, tratava-se de piada inteligente: muitos executivos de Manhattan estão sendo obrigados a viver com meros meio milhão de dólares por ano. Agora é diferente. Famílias já não saem para comer fora, mudas e sementes de temperos vendem como água, produtos de manutenção de carros idem, pet shops estão fechando, personal trainer ficou em último plano. Ou seja, em tempos de crise não dá mais pra pagar alguém pra fazer o que vc poderia aprender a fazer. Receosos, até quem não teve o salário reduzido aderiu à moda da economia. Verdade seja dita, quem não gosta de ter um gravy no final do mês? Claro que, no caso, não se trata de dinheiro extra pra torrar, mas para reserva, tendo em vista os próximos anos de crise que bem podem chegar a dois longos "365 dias" mirrados. Assim, estão todos com aquela cara amarela, de quem pensa algumas várias vezes antes de comprar um item suspeitamente supérfluo. Pra quem sabe o valor do dinheiro, não é difícil entender a lógica. Agora o maior dos males parece ser o tal do mortgage.. Não sei porque tamanho stress. Em último caso, vira-se homeless! Por incrível que pareça, os EUA têm um sem número de pedintes na rua que devem ter esquecido a vergonha dentro de algum bolso de seus casacos de marca. Às vezes, tenho a impressão de que eles simplesmente resolvem ter "dia de homeless". Ocorreu-me certa vez de estar andando na Charles St, aqui em Baltimore. Estávamos eu e o Rafa. Na direção oposta vinha uma jovem loira, meio estilosa até. De repente ela vira e pede um trocado! Minha imaginação só poderia supor tratar-se de uma viciada, ou sei lá, tédio existencial. E outro pedinte em Washington que tinha um cavanhaque impecável? Cena esdrúxula. Uma cena, porém, que tem se repetido. Outro dia estava na biblioteca. Sim, aquela biblioteca vizinha redentora. Me sentei e gastei algumas horas trabalhando na tradução do meu currículo. Ao redor, alguns senhores. Um estava terminando de ler um livro, daqueles bem grossos, e aproveitou para iniciar algum outro clássico. Um outro senhor deveria estar escrevendo uma tese, tantas eram as letras no papel. Estava orgulhosa por encontrar-me em meio a intelectuais de idade, experientes. Um outro senhor lia jornal, e outros liam - enfim, liam. Pois bem, daqui a pouco me dei conta do cenário "Do Outro Lado da Sua Casa" (documentário do Renato Barbieri, Paulo Morelli e Marcelo Machado) em que me encontrava. Aqueles senhores intelectuais eram homeless! Cada um tinha uma bolsa/mala com cadernos, livros.. Que tal: menos casa, mais cultura? O tal Professor Gaivota (personagem real perfilado em "O Segredo de Joe Gold", de Joseph Mitchell), também homeless, havia estudado em Harvard! Como pode homens provavelmente brilhantes abdicarem de conforto indiscriminadamente? Sentirão menos a crise... Sim, do chão não tem como cair. Agora me pergunto: terão esses mestres do desapego respostas para uma economia em crise? Não sei. Outro dia li uma matéria também do NY Times, onde o colunista Thomas Friedman defendia a importância dos indianos para a economia americana (indianos, brasileiros, mexicanos... gringos), pois em tempos de crise, nada melhor do que recrutar as melhores cabeças, não importa de onde venham. Afinal, uma crise bem cuidada pode germinar frutíferos resultados. Ou seja, a supremacia do americano branco católico parece enfraquecer perante estrangeiros e excluídos dentro do país. Não sei não, primeiro elejem um presidente negro, agora tomam gosto pela abdicação ao consumo. Tem big bang vindo por aí. Se não é o fim dos tempos, é o inicio, sem dúvida.

Tuesday, February 24, 2009

On TV

Os reality shows são o lance da vez. Se você acha que BBB é um insulto à privacidade, imagine programas de TV que se aproveitam da gordura alheia. Pode parecer estranho, mas a verdade é que esses programas têm muito a ensinar. O dos gordinhos ainda não assisti, mas outro dia assisti a um chamado Wife Swap. Fantástico! Melodramático, claro, mas excelente. O termo significa troca de esposas. Duas famílias são filmadas por duas semanas com as esposas invertidas. Na primeira semana, a nova esposa se adapta às regras da família; na segunda, é hora da família seguir as regras da nova dona-de-casa. A produção, esperta, escolhe famílias absolutamente opostas, o que causa um choque que você até pode imaginar. Nesse caso era uma família de New Jersey e outra da Califórnia. Numa, a mãe era praticamente uma doméstica fanática, frenética por limpeza; o marido era workoholic, o filho dependente até para passar gel no cabelo e a filha insípida. Em casa, o programa era assistir TV, comida italiana, nuggets e por aí vai a lista de produtos industrializados. A outra família era.. digamos diferente até para os padrões brasileiros. Antes do trabalho: meditação. Pouca ou nenhuma limpeza, afinal, o tempo deve ser gasto com milhões de outras atividades: leitura, caminhadas, animais. Alimentação vegetariana. Imagine agora essas duas famílias convivendo! A mãe 1, ansiosa para provar ao marido sua importância, voltou para casa chorando. A mãe 2, inicialmente em busca de evolução humana/espiritual, desisitiu de conviver com os seres comuns: pouco flexíveis. Eu? Fui correndo limpar o banheiro!

Intimate Diary

Olá, meu povo! Hoje me sinto cheia de entusiasmo. Talvez porque esteja num café delicioso com meu laptop, ao lado de casa. O dia está lindo, ao meu redor várias crianças, na internet vários achados. Dentro de um mim um turbilhão de sensações, emoções que se renovam a cada estímulo externo. Numa navegada na web não poderia encontrar maior arquipélago. Pena me sentir fisicamente enjoada ao navegar. Problemas já conhecidos na água... O tal do roll on me enlouquece, aquelas letrinhas embaralhando, tantas cores e uma luz vinda dessa máquina que às vezes cega. Como começar uma carreira jornalística assim? Manifestem comentários caso identifiquem reação. Help! A questão da claustrofobia doméstica já resolvi com a descoberta de uma biblioteca também vizinha. Que presente! Biblioteca pública com direito à aluguel de filmes à U$1,50! Livros, revistas, computador, crianças! Elas mais uma vez... Um gurizinho aqui acabou de bater a cabeça na porta.. ele estava jogando um jogo com a mãe called "Guess How Much I Love You". Agora ele está chorando e disse: "it hurt really, really, really, really, really, really (chorando), really, really, really bad". Acho que foi a coisa mais super muito, super muito, super muito, super muito gostosa que ouvi nos útlimos tempos! Reflexo da onda de amigas grávidas. Enfim, resolvi escrever só pra comemorar esse dia radiante! Tenham uma ótima semana.

Monday, February 9, 2009

Learning Through Values

Fui conhecer um pouco o mundo ao meu redor. Ainda sou novata na web. Então comecei a entrar de blog em blog para ver como eles são feitos. Muita fotografia. Diante de tantas paisagens, assuntos, pessoas, insights... me perdi. De repente estava num blog sobre o futuro do jornal impresso. Depois de entediada, achei um banco de imagens gratuito, um blog sobre culinária, outro com dicas sobre imigração, e assim foi até resolver voltar ao meu espaço. Nele, inventei uma moda, como vocês podem ver à direita mais abaixo.
Fora isso, a experiência americana tem mostrado progressivamente a importância de se conhecer os valores da nação. Alguns chegam a ser tão enraizados que qualquer um que nunca tenha visitado o país sabe quais são. Ex: liberdade, independência, consumismo, diversidade, eficiência. Porém, se chamar um americano de materialista, ele invariavelmente se sentirá ofendido. E nem sempre os call free são assim, tão eficientes. É pepino do mesmo naipe do atendimento ao cliente de empresas de telefonia e de tv por assinatura no Brasil. No entanto, o americano é um povo justo. Até porque não é difícil tomar um processo. Aqui você pode fazer o que imaginar, contanto que siga todos os procedimentos de forma correta. É a land of opportunity, conhecida desde o século XVIII pelos europeus. Por outro lado, "you snooze, you lose". Se a liberdade é a coisa mais importante, a perda é a inimiga número um. Perder numa sociedade competitiva é assinar atestado de LOSER. O americano, no entanto, é esperançoso. É por isso que eles rezam para economia melhorar, a maior preocupação atual. A economia... essa não vai nada bem. Depois de alguns deslizes do presidente, que andou pedindo desculpas públicas nos termos "I screwed up", muitos continuam perdendo emprego. A imigrante aqui já sentiu na pele. Num dos restaurantes que trabalho, cortaram metade da equipe. Em NY a opção é virar bartender, motivo pelo qual os cursos de bartending estão lotados. Sou mais uma no barco. Por falar nisso, semana que vem começo a ser treinada para trabalhar no bar da melhor hamburgueria de Baltimore!
De volta ao assunto, estudar os valores americanos me levou à reflexão dos conceitos brasileiros. Até que ponto temos consciência de nós mesmos? Claro, o brasileiro é um povo alegre, tem gosto pelo futebol, gosta de se divertir e valoriza a própria cultura. Minha surpresa no exterior foi descobrir um outro ponto de vista em relação ao meu próprio país - imagino que fichas devam começar a cair com frequência. Aqui o brasileiro é visto como um povo extrememente trabalhador e esforçado. Não que o brasileiro não seja, mas esse definitivamente não é um dos nossos valores mais comentados e reforçados no Brasil.
Enfim, talvez seja a onda de globalização que passou e transformou as sociedades. Os EUA, supostamente super honestos, têm tido problemas para arrumar candidatos a cargos de chefia sem infrações aos cofres públicos. Outro dia a crítica ao Obama era o excesso de transparência que o presidente havia imposto como padrão em sua liderança. Seria um patamar de honestidade complicado para Washington. Enquanto isso, nosso presidente Lula falava da importância de se resolver a crise não só para ajudar o Brasil, mas ajudar as nações mais pobres, estas sim sujeitas a graves consequências.
Na dúvida, melhor aprimorar o inglês para assistir ao espetáculo sem perder o emprego. Comecei até a ler o dicionário!

Tuesday, January 20, 2009

The Inauguration of Barack Obama

SENHORAS E SENHORES,

Tem início a cerimônia de posse de Barack Obama!



Milhões de pessoas aguardam o discurso de Obama. Grande expectativa.


Obama parece confiante e sereno antes do discurso.

Aretha Franklin canta. Entre os presentes estão Steven Spielberg, Denzel Washington, Magic Johnson, Al Gore, Jimmy Carter, toda a família Bush, Bill Clinton e a senadora Hillary.

Obama faz um discurso simples, sem grandes oscilações emocionais. Sempre firme, agradece ao Presidente Bush pelos anos de comando. Em tom informal, relembra a população da responsabilidade de todos na virada histórica.

No site de Obama: http://www.barackobama.com/

"I'm asking you to believe. Not just in my ability to bring about real change in Washington... I'm asking you to believe in yours."

"Washington está eletrizada", diz uma professora. Outra mulher comenta: "É dificil colocar em palavras o que esse dia significa para mim, para os meus parentes." "Apesar do frio, todos estão sorrindo. Para qualquer um que estudou história, sabe que vivemos um período de luta. Isso tudo é novo, é vivo", diz Matthew Broderick, ator.

Bush se despede de Obama. Prestes a voltar ao Texas, deixa rumores da publicação de livro. Ele é o presidente com menor índice de aprovação a deixar a presidência dos Estados Unidos.

Monday, January 19, 2009

American News

Aproveito a neve que está caindo lá fora para contar um pouco mais das aventuras por aqui. Talvez no futuro possa escrever sobre outros assuntos ou até mesmo dar um tom mais profissional a este blog com algum tema específico. No entanto, o que posso oferecer agora é o relato de uma brasileira se adaptando a um novo estilo de vida e tentando aproveitar o melhor dos Estados Unidos da América. Também poderia falar do Obama, que toma posse amanhã, mas sobre isso vocês estão até mais a par do que eu. Rede Globo está por conta agora que acabou A Favorita. Portanto, falarei mais uma vez dos supermercados norte-americanos. No caso, de um supermercado asiático nos EUA. K-Mart. Ao passar pelas prateleiras do mercado, pensei que estivesse em visita à um museu. A quantidade de animais e produtos que nunca havia visto na vida me deixou perplexa a ponto de não querer ver mais. De caranguejos azuis à carne de tubarão. Todos os tipos de ovas, ostras, algas, peixes. Iguarias da terra também, verduras jamais vistas no Ocidente! Tudo a um preço relativamente barato. No carrinho, compras extraordinárias à espera de ocasiões especiais para consumo.
No mais, sigo na labuta por oportunidades de emprego. A última tentativa foi um teste para um programa de TV. Ao chegar numa boate, sexta-feira, às 8 da noite, encontrei um grupo de pessoas, negros, esperando o início do teste. Ao receber o texto, imaginei meu jeito tradicional de falar a la Oficina Mix. Porém, o produtor de elenco, resolveu exemplificar como deveria ser a energia da apresentação. Cheio de "Yo-Yo", quase virei as costas e fui embora. Seria até cômica a imitação. Eu me senti um completo peixe-fora-d'água. Entre ir embora e viver a experiência, resolvi ficar. Na minha vez, uma surpresa! Apesar de ler o texto e ter um estilo completamente diferente do restante, chamei atenção pela latinidade! Novidade.. Fui chamada para fazer as matérias latinas do programa. Tendo em vista a quantidade de mexicanos e pessoas que falam espanhol nos Estados Unidos, seria um bom nicho de trabalho para uma jornalista sul-americana. Resultado: se bobear logo estarei trabalhando na TV em Baltimore. Parece piada, né? Mas não é.